Vitória
de Pirro?
Esta é a frase que
atualmente aparece no meu status do meu whatsapp, pois até então tinha a visão
de que a renúncia era uma condição para as vitórias que temos na vida.
Muitas vezes renunciamos
momentos, pessoas, oportunidades, sensações e vivências almejando algo que por
vezes se torna até nublado em nossa caminhada.
Há a alguns dias eu estava
lendo um livro sobre a história conhecida como Vitória de Pirro. Achei
interessante e de uma maneira muito gratificante, pois aprendi mais um pouco
com meus professores autores, os quais muito admiro.
Tal momento me levou a
uma reflexão sobre o que queremos e se temos noção das perdas que teremos ao
longo do caminho para chegar a nossa idealizada vitória. Não estou aqui dizendo
que não devemos ter metas e objetivos na vida. Longe disso. Percebo, porém, que
muitas pessoas tendem a sofrer angústias, ansiedades, frustrações e decepções
ao longo da busca, pois não ponderam que, para alcançarem a vitória, poderão ter
perdas também. Assim, frustrações e sentimentos que chegam próximo do fracasso
nos atormentam.
Hoje não venho com uma
proposta desanimadora, mas sim real, pois não é raro nos depararmos com pessoas
cansadas, desmotivadas e até próximas de um estado depressivo decorrente de
vitórias almejadas e alcançadas, mas que não tinham a real noção de que as escolhas
deveriam ser feitas e que, como humanos, sempre sofremos ao nos depararmos com
as opções que nos aparecem cotidianamente.
Analisar os dois lados da balança é necessário
para que possamos saber que nunca teremos tudo e que as vitórias chegam sim,
porém com alguns custos. A diferença está no quanto realmente queremos vencer e
entender o que se perde, sem sofrer em demasia.
Segue um resumo dobre a
“Vitoria de Pirro”. Até a próxima.
Claudiane Nunes
06/10/2016
A expressão “Vitória de Pirro” é uma metáfora muito
usada para descrever uma vitória tão sacrificada, desgastante e violenta que,
na prática, não valeu a pena ser obtida, já que o custo foi mais alto do que as
vantagens advindas.
Pirro, rei do Épiro (região grega) viveu entre 318 e 272 A.C.. Vencedor
de muitas batalhas, é considerado um dos melhores generais do seu tempo. Ficou
conhecido para a posteridade, principalmente por uma frase que lhe é atribuída,
após ter vencido com muito esforço e elevado custo material e humano a batalha
de Ásculo.
Quando o felicitaram pelo feito conseguido teria respondido: "Mais
uma vitória como esta e estou perdido". Desde então a expressão "Vitória
de Pirro" é utilizada comumente para designar um sucesso que tenha sido
obtido com um esforço demasiadamente elevado. Uma vitória que também pode
sugerir uma derrota!
Olá! Realmente temos que renunciar algumas coisas na vida em razão de escolhas! Mas, é importante sopesar se a vitória não será similar à de Pirro!!! Parabéns pela postagem!
ResponderExcluirA inflação da vitória, e o desgaste da perda é, penso eu, o ciclo e o compasso do relógio analógico. O ponteiro vai bater no mesmo número, e de novo, e de novo, o que diferencia o acontecimento do relógio são os dias; dias que estão fora do aparelho, do sistema, do tempo não mágico e mecânico que me diz qual a hora. Todos estão fazendo as mesmas coisas, mas com mensagens, ideias e vidas próprias. Seu texto me transportou ao livro O velho e o mar de Hemingway: o desgaste, a conquista do peixe gigante, e um mundo obscuro que mastiga aquilo que pensamos ser nosso, por estar sobre o domínio do meu anzol, mas que não é de ninguém. Coisas que o mundo pode colocar as mãos, desfiar, e esfarelar, por ser do próprio mundo e não dos homens.
ResponderExcluirA luta, a perda: a perda de tudo que se julga vida; e a vida que não nos perdeu de vista. Conquistar o mundo em sua forma duvidosa e cíclica creio ser o maior passo; Nelson Rodrigues tem uma particularidade interessante para este contexto: "A vida como ela é".
Napoleão dividia para conquistar, derrubou o poder absoluto para ser o poder absoluto. José Arcádio Buendia (personagem de "cem anos de solidão" de Garcia Marquez) conclui que chegaram a um momento que seria o poder pelo poder. E Nietzsche define os niilistas como os que negam o mundo, o mundo como o é. Como é difícil, às vezes, ganhar de vista as ações e reações como coisas simples.
Se a utopia é o que faz as pessoas caminharem para ela, sem nunca chegar, talvez a magia esteja em andar, correr, andar devagar, descansar, cultivar calos, limpar os pés, e cair. E como disse Galeano, tem que se aprender a cair; aprender a cair para se levantar.
Ótima reflexão. Ansioso por mais textos sobre suas ideias de si...
Super interessante!
ResponderExcluirNão aceito pra mim a "Vitória de Pirro" Então é melhor renunciar verdadeiramente. Obg pelo aprendizado de hoje.
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