quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

O “X da Questão”



O “X da Questão”

“A imagem é definida por sua intenção...”, escreveu Jean Paul Sartre.
          Percebemos o que queremos.
A nossa percepção pode ser ampla ou restrita, tanto sobre eventos externos, como sobre as nossas próprias ações.
Podemos optar entre ter uma visão horizontal ou vertical. A primeira (horizontal) tem o sentido de alcance, de amplitude; a segunda, por sua vez, tem a acepção de profundidade (qualidade, riqueza de detalhes). Cabe-nos identificar o contexto mais adequado para isso.
Termos uma percepção vertical quando focamos em algo, o que pode ocorrer quando escrevemos sobre um determinados assunto, comentamos sobre um fato isolado ou quando estamos em meio a diversos estímulos e focamos somente em um deles. Comumente, verticalizamos nosso olhar quando estamos envolvidos em demasia em uma situação de nosso interesse, quando somos cobrados ou quando almejamos algo. Tal característica é essencial em profissionais altamente qualificados.
De outro lado, a percepção horizontal das situações também faz parte do nosso cotidiano. Com ela, ampliamos as possibilidades e percebemos não só que o todo faz parte de nós, mas como também que nós constituímos o todo.
Quando a sensação de tranquilidade e esperança se faz presente, percebemos a realidade de maneira horizontal. Resgatamos a ideia de se viver com prudência e fomentamos o desejo de aproveitar todos os momentos que a vida nos oferece.
Ao olharmos para nosso redor, conseguimos perceber a variedade de possibilidades que temos, assim como o leque de opções que a imensidão do horizonte nos oferece. Em conjunto, esta amplitude nos cobra uma ação, uma mudança, um caminhar adiante.
 Em ambas as percepções, horizontal e vertical, o convite para sair da inércia persiste. A ação precisa se fazer presente.  Aí está o “X da questão”. É preciso agir.
Conforme dito popular, a expressão o “X da questão”, é usada para selecionar, enfatizar ou ressaltar alternativas. É a única alternativa correta entre incorretas ou parcialmente corretas. Também é usada para ressaltar a importância de um fato.
Neste contexto, o “X da questão”, está na importância de como percebemos os fatos, a vida e as situações.
Distanciando-se dos conceitos escolares (quem não se recorda das intermináveis aulas de matemática na busca do valor do “X da questão” ?), o “X da questão” da nossa vida talvez esteja no cruzamento entre as visões vertical e horizontal, ou seja, entre reconhecer que podemos perceber e agir de maneira focada e ampla, tudo ao mesmo tempo. Isso nem sempre é fácil, pois quando se ganha em alcance (horizontalidade), perde-se na qualidade (verticalidade). Temos, porém, a opção de tentar conciliar as duas coisas.
Jean- Paul Sartre, conforme descrito no início do texto, escreveu “A imagem é definida por sua intenção ....”. Qual está sendo a sua verdadeira intenção? É desse foco (intenção) que se formará a imagem daquilo que você quer para sua vida.
Uma dica: a resposta da questão pode estar no gabarito da sua experiência, que antecede a sua essência. Basta revisitá-la.

Claudiane Quaglia
Psicóloga e Pedagoga

19/01/2017

5 comentários:

  1. Belo texto para reflexão hein...revisitar é a chave da questão! Parabéns psi

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    1. Obrigada, fico feliz em saber que tenhas gostado, me incentiva muito

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  2. nossa ameiiií Glau sempre te acompanhando por que aprendizagem nunca é demais.Textos são demais parabéns pelas ideias.

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