Árvores
“A
maior das árvores um dia foi semente...”
O poeta Yla Fernandes
afirmou que há relação entre as pessoas e as árvores. Tem razão!
Espelhamo-nos nas árvores
e deixamos ter a ciência disso. Tal qual as árvores, temos raízes fortes e
profundas em nossas histórias, que evidenciam de onde viemos. As árvores
aconchegam suas raízes na terra, e nós, em nossos entes queridos.
Somos parecidos com as árvores
quando acolhemos os outros com abraços, olhares e gestos. Muitos
animais/insetos encontram uma morada física nas árvores. De igual forma, muitas
pessoas encontram em nós moradas também, buscando um acolhimento afetivo e emocional.
Árvores nos ensinam com
maestria a sermos flexíveis. Os ventos e as fortes chuvas não as derrubam,
assim como os momentos difíceis que vivemos não nos derrotam.
Sabemos que envergamos
mas não caímos. Acreditamos em nós, sobretudo em nossa força.
As árvores não derrubam
outras árvores para se fixarem. Via de regra, elas crescem e não prejudicam as
demais. Elas nos ensinam que, para buscarmos aquilo que queremos, não
precisamos em momento algum ser sombra que prejudica alguém.
Cada um tem o seu espaço
e o seu tempo para crescer.
As árvores transformam
oxigênio em gás carbônico e assim se regeneram constantemente. Em nossas
atitudes somos parecidos, transformamo-nos sempre e de maneira gradativa. A
persistência nos constitui.
Muitos artistas não compreendem
como as árvores cujas cores são diversificadas se harmonizam. São discrepantes
entre si (verde e marrom), mas no todo ganham uma beleza única. Quando se
juntam, não se anulam. Ao contrário, formam uma vasta floresta que, quanto mais
diversificada, mais vida alberga em seu meio.
As características pouco
prováveis num mesmo ser transmitem uma unidade e uma beleza contagiante, ao
mesmo tempo flexíveis e rígidas, vulnerais e imponentes, fortes e delicadas.
Produzimos frutos
diariamente. Sempre aprendemos e ensinamos algo.
No senso comum, muita
comparação há com as árvores. Alguns exemplos: “a fruta não cai longe da
árvore”, “cuidado com o lado para o qual pende a sua árvore, pois é para lá que
ela vai cair”, e outras tantas.
Não se pode levar tudo ao
pé da letra, é bem verdade, mas é possível sempre se extrair algum ensinamento
dos ditos populares. As árvores ganharam notoriedade neste texto por aquilo que
nos ensinam e que, com a correria, perdemos a acurácia de observar.
Claudiane Quaglia
Psicóloga e
Psicopedagoga
CRP 06/134348 –
06/06/2017
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