terça-feira, 20 de junho de 2017

Melindres



Melindres


Pessoas “Cheias de Dedos”. Definição popular utilizada para definir o comportamento daqueles que se afetam com comentários e ações dos outros, que se magoam com facilidade.
Com o receio constate de não ofender as pessoas com as quais convivemos, cercamo-nos de melindres, ou seja, precisamos ter uma certa delicadeza no trato, com o intuito de não ofender ou magoar o outro.
Porém este recurso pode ser prejudicial.
Melindrar-se significa perder ótimas oportunidades de crescimento e aprendizado pois, aquele que se melindra, não consegue distinguir o certo do errado, o que é bom do que é ruim.
O isolamento e os julgamentos tornam-se aliados dos melindres.
Ao comportarmo-nos de maneira melindrosa, criaremos dificuldades para outros se aproximarem de nós.  Com isso, surge uma barreira, reduzindo o contato entre as pessoas.
Neste sentido, o equilíbrio é necessário para reconhecer se estamos ou não nessa categoria de pessoas melindrosas, que se ofendem com grande facilidade diante de adversidades muitas vezes insignificantes.
Comunicar-se com pessoas sem rebuscamentos, sem volteios, sem rodeios e sem metáforas, torna-se um ganho para ambos, pois assim deixa-se claro aquilo que se deseja expressar e a pessoa com a qual denominamos melindrosa tende a se deparar com situações que a fortalecerá, consequentemente.
Definir se uma pessoa é melindrosa ou não, torna-se sem sentido. Não precisamos estabelecer rótulos.
Estamos acostumados a encontrar justificativas para todas nossas ações, e assim, denominamos melindrosas pessoas que, cansadas de nosso mal humor, decidem se afastar. Somos passíveis de mudanças e de oscilações; ora somos melindrosos, ora não.
A diferença está em perceber se tais melindres estão nos levando para um caminho de sofrimento, falta de entendimento e julgamentos ou, se por vezes, chegamos a escutar mesmo sem querer que somos “cheios de dedos”, sinônimo este dos cuidados para estabelecer a comunicação.
Claudiane Quaglia
Psicóloga e Pedagoga

CRP 06/134348 – 20/06/2017