Melindres
Pessoas “Cheias de
Dedos”. Definição popular utilizada para definir o comportamento daqueles que
se afetam com comentários e ações dos outros, que se magoam com facilidade.
Com o receio constate de
não ofender as pessoas com as quais convivemos, cercamo-nos de melindres, ou
seja, precisamos ter uma certa delicadeza no trato, com o intuito de não
ofender ou magoar o outro.
Porém este recurso pode
ser prejudicial.
Melindrar-se significa perder
ótimas oportunidades de crescimento e aprendizado pois, aquele que se melindra,
não consegue distinguir o certo do errado, o que é bom do que é ruim.
O isolamento e os julgamentos tornam-se
aliados dos melindres.
Ao comportarmo-nos
de maneira melindrosa, criaremos dificuldades para outros se aproximarem de
nós. Com isso, surge uma barreira, reduzindo o contato entre as pessoas.
Neste sentido,
o equilíbrio é necessário para reconhecer se estamos ou não nessa categoria de
pessoas melindrosas, que se ofendem com grande facilidade diante de
adversidades muitas vezes insignificantes.
Comunicar-se com pessoas sem
rebuscamentos, sem volteios, sem rodeios e sem metáforas, torna-se um ganho
para ambos, pois assim deixa-se claro aquilo que se deseja expressar e a pessoa
com a qual denominamos melindrosa tende a se deparar com situações que a
fortalecerá, consequentemente.
Definir se uma pessoa é melindrosa
ou não, torna-se sem sentido. Não precisamos estabelecer rótulos.
Estamos acostumados a encontrar
justificativas para todas nossas ações, e assim, denominamos melindrosas
pessoas que, cansadas de nosso mal humor, decidem se afastar. Somos passíveis
de mudanças e de oscilações; ora somos melindrosos, ora não.
A diferença está em perceber se
tais melindres estão nos levando para um caminho de sofrimento, falta de
entendimento e julgamentos ou, se por vezes, chegamos a escutar mesmo sem
querer que somos “cheios de dedos”, sinônimo este dos cuidados para estabelecer
a comunicação.
Claudiane Quaglia
Psicóloga e
Pedagoga
CRP 06/134348 – 20/06/2017