Identidade
ou “Idem Idade”?
Em certos momentos da
vida, as circunstâncias exigem a validação da nossa identidade, ou seja, que
possamos defender com convicção aquilo que queremos e acreditamos.
Porém, nem sempre é fácil
ter atitudes assim.
Quando não colocamos
nossas opiniões sobre assuntos ou sobre qualquer outra situação, logo ecoam
frases como: “Que falta de identidade”; “Não sabe o que quer”.
Será que aprendemos a
construir nossa identidade ou a nossa “idem idade”?
Idem é uma palavra cuja origem é o latim e significa "o mesmo",
"igual"
ou "da
mesma maneira".
Como ter uma identidade
se convivemos em uma sociedade que por vezes nos ensina a ter uma “idem idade”,
ou seja, devemos ter atitudes iguais às das outras pessoas e na idade cronológica
que todos têm também.
Muitas
vezes acreditamos que estamos agindo conforme aquilo que acreditamos e
defendemos. Afinal, é assim que construímos nossa identidade gradativamente.
Entretanto, a confusão verbal da “idem idade” nos persegue, pois agimos e
pensamos, em alguns momentos, como todos e isso por ser mais conveniente e
aceitável.
Comumente
é possível encontrar pessoas que parecem vivenciar seus dias da mesma maneira.
Idem ao dia anterior. Não percebem as novidades e os acréscimos que temos a
cada momento e a cada nova vivência.
Muitas
vezes, por comodismo, medo ou receio, deixamos de ousar ou de fazer algo que realmente
queremos, porque algumas atitudes não condizem com a idade cronológica que
temos. A crença de um julgamento negativo nos assola.
Somos diferentes. Temos
atributos próprios e características únicas que nos diferem uns dos outros. Temos
nossa identidade sim.
Aliás, construímos esta
identidade própria com o passar dos anos. Na verdade, ela nunca estará pronta. Ter uma identidade não se remete somente a uma
constituição legal traduzida em documentos, que acompanham o indivíduo.
O
sentido da identidade vai além de ser um conjunto de caracteres
próprios e exclusivos com os quais se podem diferenciar as pessoas. Ter uma
identidade remete-se a algo mais amplo, onde podemos valorizar aquilo em que
acreditamos como valor, o que nos torna únicos com nossas qualidades e
defeitos.
Somente assim poderemos desfrutar
e perceber a nossa real identidade, que é constituída de vivacidade,
singularidade, cumplicidade, animosidade, maturidade e outros tantos atributos
que são acrescidos com o passar da nossa idade.
Claudiane Quaglia
Psicóloga e
Pedagoga
CRP 06/134348 - 16/02/2017