quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Vitória de Pirro?


Vitória de Pirro?


Todas as vitórias ocultam uma renúncia!
Esta é a frase que atualmente aparece no meu status do meu whatsapp, pois até então tinha a visão de que a renúncia era uma condição para as vitórias que temos na vida.
Muitas vezes renunciamos momentos, pessoas, oportunidades, sensações e vivências almejando algo que por vezes se torna até nublado em nossa caminhada.
Há a alguns dias eu estava lendo um livro sobre a história conhecida como Vitória de Pirro. Achei interessante e de uma maneira muito gratificante, pois aprendi mais um pouco com meus professores autores, os quais muito admiro.
Tal momento me levou a uma reflexão sobre o que queremos e se temos noção das perdas que teremos ao longo do caminho para chegar a nossa idealizada vitória. Não estou aqui dizendo que não devemos ter metas e objetivos na vida. Longe disso. Percebo, porém, que muitas pessoas tendem a sofrer angústias, ansiedades, frustrações e decepções ao longo da busca, pois não ponderam que, para alcançarem a vitória, poderão ter perdas também. Assim, frustrações e sentimentos que chegam próximo do fracasso nos atormentam.
Hoje não venho com uma proposta desanimadora, mas sim real, pois não é raro nos depararmos com pessoas cansadas, desmotivadas e até próximas de um estado depressivo decorrente de vitórias almejadas e alcançadas, mas que não tinham a real noção de que as escolhas deveriam ser feitas e que, como humanos, sempre sofremos ao nos depararmos com as opções que nos aparecem cotidianamente.
 Analisar os dois lados da balança é necessário para que possamos saber que nunca teremos tudo e que as vitórias chegam sim, porém com alguns custos. A diferença está no quanto realmente queremos vencer e entender o que se perde, sem sofrer em demasia.
Segue um resumo dobre a “Vitoria de Pirro”. Até a próxima.

Claudiane Nunes
06/10/2016

A expressão “Vitória de Pirro” é uma metáfora muito usada para descrever uma vitória tão sacrificada, desgastante e violenta que, na prática, não valeu a pena ser obtida, já que o custo foi mais alto do que as vantagens advindas.
Pirro, rei do Épiro (região grega) viveu entre 318 e 272 A.C.. Vencedor de muitas batalhas, é considerado um dos melhores generais do seu tempo. Ficou conhecido para a posteridade, principalmente por uma frase que lhe é atribuída, após ter vencido com muito esforço e elevado custo material e humano a batalha de Ásculo. 


Quando o felicitaram pelo feito conseguido teria respondido: "Mais uma vitória como esta e estou perdido". Desde então a expressão "Vitória de Pirro" é utilizada comumente para designar um sucesso que tenha sido obtido com um esforço demasiadamente elevado. Uma vitória que também pode sugerir uma derrota!

4 comentários:

  1. Olá! Realmente temos que renunciar algumas coisas na vida em razão de escolhas! Mas, é importante sopesar se a vitória não será similar à de Pirro!!! Parabéns pela postagem!

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  2. A inflação da vitória, e o desgaste da perda é, penso eu, o ciclo e o compasso do relógio analógico. O ponteiro vai bater no mesmo número, e de novo, e de novo, o que diferencia o acontecimento do relógio são os dias; dias que estão fora do aparelho, do sistema, do tempo não mágico e mecânico que me diz qual a hora. Todos estão fazendo as mesmas coisas, mas com mensagens, ideias e vidas próprias. Seu texto me transportou ao livro O velho e o mar de Hemingway: o desgaste, a conquista do peixe gigante, e um mundo obscuro que mastiga aquilo que pensamos ser nosso, por estar sobre o domínio do meu anzol, mas que não é de ninguém. Coisas que o mundo pode colocar as mãos, desfiar, e esfarelar, por ser do próprio mundo e não dos homens.
    A luta, a perda: a perda de tudo que se julga vida; e a vida que não nos perdeu de vista. Conquistar o mundo em sua forma duvidosa e cíclica creio ser o maior passo; Nelson Rodrigues tem uma particularidade interessante para este contexto: "A vida como ela é".
    Napoleão dividia para conquistar, derrubou o poder absoluto para ser o poder absoluto. José Arcádio Buendia (personagem de "cem anos de solidão" de Garcia Marquez) conclui que chegaram a um momento que seria o poder pelo poder. E Nietzsche define os niilistas como os que negam o mundo, o mundo como o é. Como é difícil, às vezes, ganhar de vista as ações e reações como coisas simples.
    Se a utopia é o que faz as pessoas caminharem para ela, sem nunca chegar, talvez a magia esteja em andar, correr, andar devagar, descansar, cultivar calos, limpar os pés, e cair. E como disse Galeano, tem que se aprender a cair; aprender a cair para se levantar.
    Ótima reflexão. Ansioso por mais textos sobre suas ideias de si...

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  3. Não aceito pra mim a "Vitória de Pirro" Então é melhor renunciar verdadeiramente. Obg pelo aprendizado de hoje.

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